Pastéis
Da joalharia de Belém, pastéis
Jamais irei sair de mim
Interpretarei novos papéis
Apodrecendo até ao fim
Diamantes da confeitaria
Que eternos nunca serão
Nem eterna é a pastelaria
Que os pastéis são como são
Degustados pelo prazer
Nesta eternidade finita
Com o fim a acontecer
Faço votos de permanecer
Nos meandros desta escrita
E na joalharia de Belém, comer.