O salto
O país tem novos donos
Sorvem suor e migalhas
Cada gota dos abonos
E já não pagam mortalhas
Outros a caminho virão
Mas o caminho traçado
Refém do bicho papão
Não nos leva a outro lado
A marcar passo ficamos
Mesmo à beira do abismo
Com esperança infundada
Cedo ou tarde avançamos
Não será por masoquismo
Só não vemos outra estrada.