Lambanças
É no arco da lambança
Que a açorda perde sentido
Aí gostam d’encher a pança
Com algo faustoso e sortido
Entre ostras e caviar
E o champanhe francês
Venha mais, toca a aviar
Que o povo paga outra vez
O banquete dos convivas
De paladar tão refinado
E sem sequer suspeitar
Cria relações afectivas
Governante, governado
Sente-se mal se não pagar.