Nascer e morrer em Portugal
Cá no burgo é p’ra valer
Maternidade vai fechar
Já não se poderá nascer
Também isto é pr’acabar
E até o forno crematório
Vai deixar de funcionar
Não haverá mais velório
Quem cá está irá continuar
Sem nascimento e sem morte
E sem qualquer intermitência
Não esperemos melhor sorte
Da morte perder a evidência
Do nascer uma saudade forte
Grande desafio p’rá ciência.