Licor de aniz
“E cravos numa roseira...”
Os espinhos ninguém quis
E romãs numa amoreira
Lá prós lados de Avis
Avistei a terra inteira
Da ponta do meu nariz
Do Algarve até à Beira
De Cascais até Paris
Tudo mais que se queira
Mas que agora não se diz
Pra não lançar confusão
Vi tudo à minha maneira
Bebi tanto licor de aniz
Que se me turva a visão.