Quinta-feira, 29.11.18

We are the champions

We are the champions.jpg

Agora não estou aqui

Véu de setim e veludo

Mas pedaços que vivi

Mostram nada e tudo

 

Do céu a estrela sorri

Não quer niguém sisudo

A música fi-la para ti

Galileo o som mais agudo

 

Nós somos os campeões

Do mundo em movimento

Para viver a felicidade

 

Sem lugar a contradições

Deixo para ti o momento

Da mais pura cumplicidade.

publicado por poetazarolho às 04:19 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Segunda-feira, 26.11.18

Laranjadas

Laranjadas.jpg

“Prefiro uma laranjada”

Com uma colher de mel

Com aniz não quero nada

Fica um terrível gosto a fel

 

Um pouco de marmelada

Pão centeio de Sousel

Saciado faço-me à estrada

Agarro o resto do farnel

 

Sempre em busca de nada

Saio ainda manhã escura

Em direcção ao oriente

 

Volto já noite cerrada

Mas o gosto ainda perdura

Desse mel e do pão quente.

publicado por poetazarolho às 18:59 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Domingo, 25.11.18

Licor de aniz

Licor de aniz.jpg

“E cravos numa roseira...”

Os espinhos ninguém quis

E romãs numa amoreira

Lá prós lados de Avis

 

Avistei a terra inteira

Da ponta do meu nariz

Do Algarve até à Beira

De Cascais até Paris

 

Tudo mais que se queira

Mas que agora não se diz

Pra não lançar confusão

 

Vi tudo à minha maneira

Bebi tanto licor de aniz

Que se me turva a visão.

publicado por poetazarolho às 21:44 | link do post | comentar | ver comentários (3)

Mundo contrafeito

Mundo contrafeito.jpg

“A noção do que é verdade”

Lá nos confins se perdeu

Distorcendo a realidade

Que à mentira se submeteu

 

Espelho meu, não é vaidade

Há alguém mais belo que eu

Mentir é a tua actividade

Que a verdade adoeceu

 

A par com a felicidade

E num mundo contrafeito

Mentira tem mais sabor

 

Não destapa a insanidade

Nem todo o mal ora feito

Nem revela a nossa dôr.

publicado por poetazarolho às 15:35 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Robalos com presunto

Robalos com presunto.jpg

“Das mentes desentendidas”

Nascem leis às catadupas

De legalidade já feridas

Pois as mentes são chalupas

 

Alugmas leis são pedidas

Mas tu não te preocupas

É há estudos com medidas

E com conclusões birutas

 

Mas quem pode, pode muito

Pode à sua maneira moldar

Todo e qualquer assunto

 

Sem muito se preocupar

Ganha no fim um presunto

E tudo o mais a acompanhar.

publicado por poetazarolho às 12:10 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Aqualândia

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“Que um peixe a engoliria...”

Com essa vontade de ser

E à fauna psicícola um dia

Todos iríamos pertencer

 

Outro capítulo se seguia

Pois ao mar assim descer

Antes ninguém previa

E já estava a acontecer

 

Era um reino da fantasia

Onde a baleia por suposto

Da aqualândia ficou rei

 

Mas essa baleia tomaria

Todo o poder por gosto

E foi um desgosto bem sei.

publicado por poetazarolho às 02:00 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sábado, 24.11.18

Sinais de fumo

Sinais de fumo.jpg

“Sem disso nos dar sinais”

Os de fumo não os vi

Mensagens de tão banais

Já não se ouvem aqui

 

Calais e observais

Escutais não transmiti

Falastes um dia demais

O eco não reproduzi

 

Perdeu-se tod’a mensagem

Ficou suspensa no ar

Nunca mais a naveguei

 

Mas devido à voragem

Fiz a minha lança ao mar

Remando lá me afundei.

publicado por poetazarolho às 15:24 | link do post | comentar | ver comentários (1)

De lambreta

De lambreta.jpg

“Se nada houver pra comer”

Como disse a Antonieta

Croissants devem lamber

Ou outros bolos da treta

 

Não terão nada a perder

Assim que toque a sineta

Não desatem a correr

Vão é todos de lambreta

 

Direcção ao barlavento

Ou outra do vosso agrado

E se a fome apertar

 

Parem junto ao parlamento

Na cantina é ofertado

O que possam desejar.

publicado por poetazarolho às 13:45 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Sinais

Sinais.jpg

O ciclo foi invertido

Em face do vil metal

O ser está comprimido

Entre o bem e o mal

 

Equilíbrio destruído

Novo fulcro é vital

Se a tempo entendido

Como o novo sinal

 

Tudo será decidido

Em assembleia geral

Todo o mal infligido

 

Não chega a ser fatal

Pois ficará definido

Que o ser é fundamental.

publicado por poetazarolho às 06:40 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quinta-feira, 08.11.18

Novo surrealismo

Novo surrealismo.jpg

Nesta vida imediata

Vive-se de imediatismo

Aguardo a vida transacta

Polvilhada de surrealismo

 

Não preciso  marcar data

Nem quero determinismo

Que não se registe em acta

Este meu inconformismo

 

Nesta surreal vivência

Sou etapa inconsistente

Doutro ser em formação

 

Essa via p’rá transcendência

Donde brotará consciente

Um mundo em alucinação.

publicado por poetazarolho às 14:44 | link do post | comentar | ver comentários (1)

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