Domingo, 29.07.18

Deduzidos

Deduzidos.jpg

"Nascemos pra deduzir

Construir e pressupor"

E eu deduzo a seguir

Construo e vou propor

 

Que nos façamos ouvir

Esta é a ideia menor

Ou nos façamos explodir

Como desígnio maior

 

Estrelas no firmamento

De inexistentes a viventes

Desce à terra impõem vida

 

Luz brilhante em pensamento

Desde viventes a ausentes

Construcção bem sucedida.

publicado por poetazarolho às 14:29 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sexta-feira, 27.07.18

Projecto de lei

Projecto de lei.jpg

“E é assim que sigo em frente”

Marcha a ré faço também

Nada me parece diferente

Do que avisto mais além

 

Deduzir constantemente

Eu deduzo mais de cem

E a dedução infelizmente

Tanto deduzi, ficou sem

 

Demais, sei que nada sei

De menos, vou querer saber

Com conta, peso e medida

 

Espero pelo projecto de lei

Que albergue todo o ser

Antes e depois desta vida.

publicado por poetazarolho às 10:41 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Quarta-feira, 25.07.18

Desemparelhado

Desemparelhado.jpg

“Ando aos versos, sem parelha”

Que a parelha ninguém viu

Inda procurei em Sortelha

Mas a dita não surgiu

 

Perguntei a uma velha

Se a parelha se evadiu

Mas ela torceu a orelha

Nada disse e assim partiu

 

Soltando coices solitário

Me quedei sem ter remédio

Nem vislumbrar alternativa

 

Sou um velho temerário

Quinda não sofre de tédio

Mesmo com parelha esquiva.

publicado por poetazarolho às 23:49 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Dança

Dança.jpg

“Nem todos são sonolentos”

Nem todos se deixam ficar

Porventura os pachorrentos

Vão caminhando devagar

 

Vão escavando argumentos

Já gastos, ou para gastar

Vão esperando os momentos

Em que se possa acelerar

 

E esta luta já gasta

De propósito insondável

Vê nascer a nova esperança

 

Está velha quanto basta

Pressente-se inconsolável

Pois gastou-se nesta dança.

publicado por poetazarolho às 19:56 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Terça-feira, 24.07.18

Geringonças

Geringonças.jpg

Geringonças atacadas

As que se põem a jeito

Minorias, majoradas

Por cada grupo eleito

 

O povo em palhaçadas

Sofre no pêlo o efeito

Das desgraças aumentadas

Por comentadores a preceito

 

Pagamos o circo completo

Temos direito a migalhas

Que sobejam do fartote

 

Mas o circo está repleto

Doutros pulhas e canalhas

Que assistem do camarote.

publicado por poetazarolho às 21:58 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Segunda-feira, 16.07.18

Discurso

Discurso.jpg

Defenda-se, não defenda

Duvide, não acredite

A notícia está à venda

Logo a mentira permite

 

Permeável abre uma fenda

Provocada por uma elite

Imperturbável na sua senda

Engole quem se demite

 

Não se demita de duvidar

Interponha sempre recurso

No tribunal do bom senso

 

Permita-se nunca acreditar

Na dissonância do discurso

Quando o produzem denso.

publicado por poetazarolho às 01:17 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Quinta-feira, 12.07.18

Degrau a degrau

Degrau a degrau.jpg

Tudo um dia se esvai

Mas tudo se pode criar

E o ego para onda vai

Se não se pode matar

 

Será para o Monte Sinai

Onde é árduo o caminhar

Mas por isso caminhai

Prá montanha encontrar

 

Da cegueira à indiferença

Tod’os degraus são em vão

Só o degrau da verdade

 

Se eleva além da diferença

Faz sobressaiar a união

Em prol da multiplicidade.

publicado por poetazarolho às 05:56 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Segunda-feira, 09.07.18

Carta de corso

Carta de corso.jpg

Louros da vitória almejo

No respeito plo adversário

Pilhar por pilhar não desejo

Pois tenho carta de corsário

 

Grande festa no fim antevejo

Tendo o rum por corolário

Nunca aguardo um ensejo

Não sou pirata de aviário

 

Tenho artes d’espadachim

Não tenho pala na vista

Na prancha não faço dançar

 

E a festa termina assim

Sem uma hora prevista

Mas sempre à luz do luar.

publicado por poetazarolho às 04:47 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quinta-feira, 05.07.18

Se não é

Se não é.jpg

Tudo está bem consigo

Então será suficiente

P’ra que não vejais perigo

Que não está à vossa frente

 

Podem até ter tombado

Dez mil, ou muitos mais

Mas se não foi a vosso lado

Para que vos incomodais?

 

Pois se nada vai mudar

Já que é vossa a mudança

Vê-de do vosso aposento

 

Se não ando a chafurdar

Para que enchais a pança,

Se não é merda onde me sento?

publicado por poetazarolho às 23:46 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Gritaria

Gritaria.jpg

Um silêncio existia

Antes da humanidade

Depois veio a gritaria

E do silêncio a saudade

 

A loucura veio atrás

Duma insanidade mental

Tudo o que não nos apraz

Tem amplificação brutal

 

Giramos em torno de nada

Mas tudo parece importar

Seja qual fôr a dimensão

 

É uma humanidade gritada

E tudo o que haja p’ra gritar

Grita-se até à exaustão.

publicado por poetazarolho às 06:46 | link do post | comentar | ver comentários (1)

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