Quarta-feira, 31.01.18

Tudologia

Tudologia.jpg

Com especialistas em tudo

O nada não faz sentido

Anda enfrascado e mudo

Sinto-o até deprimido

 

Mas chegado ao entrudo

Mercê de tanto alarido

Será nada sobretudo

E o nada terá vencido

 

Sobre nada uma teoria

Sempre se pode compor

Ainda que tudo não venha a ser

 

Mas partindo assim vazia

E desprovida de pudor

Tem potencial p’ra crescer.

publicado por poetazarolho às 11:23 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Terça-feira, 23.01.18

Repita-se

Repita-se.jpg

Vida é repetição da vida

Se te concedem o direito

Pois pode estar decidida

A escapar-se-te por defeito

 

Pode escapar-te à partida

O mundo não é perfeito

Ou escapar-se à saída

Se ficar p’ra fazer jeito

 

Só te resta a incerteza

Quantas repetições serão

Até aos momentos finais

 

Mas podes ter a certeza

Que após a última repetição

Ela não se repetirá mais.

publicado por poetazarolho às 06:40 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quinta-feira, 18.01.18

A plebe

A plebe.jpg

Quarenta eram demais

Ali Bábá já o dissera

Vieram outros que tais

E a ladroagem impera

 

Não existem dados reais

Toda a cadeia se supera

Actua nos dados globais

Vês o gatinho e não a fera

 

São sedentos da riqueza

Que afirmam não existir

Pois o país é um condado

 

Muita plebe na pobreza

Sente o seu sangue esvair

E não questiona este dado.

publicado por poetazarolho às 04:46 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Terça-feira, 16.01.18

Twittemos

Twittemos.jpg

A incapacidade instalou

Sua versão no universo

O conhecimento corou

Já nem existia disperso

 

Cada responsável twittou

Uma ideia e o seu inverso

É o estado a que isto chegou

Sem que se adivinhe regresso

 

O exemplo devemos seguir

Façamos nossa esta bandeira

Ou sua asneira redobremos

 

Muitos twitts devemos parir

Tudo a bem da bandalheira

Twittemos, twuittemos, twittemos.

publicado por poetazarolho às 23:48 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sábado, 13.01.18

Na palma da mão

Na palma da mão.jpg

Viver não é a opção

Nem morrer alternativa

Perigosa esta situação

Que nos deixa à deriva

 

Em busca duma solução

Essa que da paz nos priva

Depara-se-nos a ilusão

De que a vida nos cativa

 

E o fogo sempre à espreita

Nas vielas deste dilema

Aquece-nos o coração

 

Por esta passagem estreita

Cabe a vida e um poema

E o mundo na palma da mão.

publicado por poetazarolho às 18:36 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Terça-feira, 02.01.18

App do amor

App do amor.jpg

Tenho uma app do amor

E tenho outra da união

Procura-se investidor

P’ra ter o mundo na mão

 

Não antevejo dissabor

Só negócio em ascensão

Como bom empreendedor

De smartphone na mão

 

E ninguém pode dizer não

À conspurcada realidade

Pois é a realidade actual

 

App do amor sem emoção

Reveladora da modernidade

Esta modernidade fatal.

publicado por poetazarolho às 04:49 | link do post | comentar | ver comentários (1)

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