Sábado, 29.07.17

Esfarrapado

Esfarrapado.jpg

Fugir da morte ou morrer

Estás num beco sem saída

Pois ela irá aparecer

E de forma decidida

 

Não a tentes esquecer

Mas faz jus à própria vida

Já que o morrer e viver

Traçam a linha escondida

 

De um trajecto sinuoso

Que será teu por direito

Assim o saibas conquistar

 

Por vezes chega andrajoso

Não o leves tanto a peito

Tenta apenas respeitar.

publicado por poetazarolho às 16:20 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quinta-feira, 27.07.17

Graça

Graça.jpg

Tudo o que eu quiser

Deus assim o assinará

Pois aquilo que vier

Sempre me bastará

 

Será caso para dizer

Andarei ao Deus dará?

Sem nunca o perceber

Ele sabe que assim será!

 

Nada tenho a esperar

A não ser esta missão

Como recompensa terrena

 

E quando a hora chegar

Aceitarei com paixão

O poder da graça plena.

publicado por poetazarolho às 07:15 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sexta-feira, 21.07.17

Às voltas

Às voltas.jpg

A mente manda em mim

E na mente mando eu

Não sabia ser assim

Mas assim aconteceu

 

E anda num frenesim

Mas sempre desconheceu

Só eu escrevo o boletim

Que a pobre sempre leu

 

Dessa leitura concluo

Muito pouco aprendeu

Menos ainda aprenderá

 

Nesta mente eu diluo

As voltas que ela deu

E todas mais que dará.

publicado por poetazarolho às 06:39 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Terça-feira, 18.07.17

De cá e de lá

De cá e de lá.jpg

Comboio era a vapor

A terra seria barrenta

Sentia-se aquele odor

De mentalidade cinzenta

 

Vivia-se no esplendor

Segregando a tormenta

Até que o muro em redor

Certo dia já não aguenta

 

E todos reivindicaram

A sua superioridade

Pois eram a parte boa

 

Aqueles que sobejaram

P’ra não haver duplicidade

Deixaram de ser pessoa.

publicado por poetazarolho às 01:03 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quinta-feira, 13.07.17

Disfunções

Disfunções.jpg

Nosso modo de pensar

Embrulhado em cifrões

Faz o pensamento parar

Quando se fala em milhões

 

Podem até tudo queimar

Ardendo as populações

Deixar-se tudo roubar

Dos rockets às munições.

 

Deverá um dia mudar

Pensará sem hesitações

Quem não se deixa toldar

 

Por semelhantes aberrações,

Quem não pensa está a tratar

De os eliminar de funções.

publicado por poetazarolho às 23:48 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quarta-feira, 12.07.17

Antecâmara

Antecâmara.jpg

Não trago nada na manga

Pois nuzinho aqui cheguei

Ao partir não vou de tanga

Porque vivi como um rei

 

Levo ouro e diamantes

Para a antecâmara final

E nada será como antes

Pois finto o destino fatal

 

Chega a mim a eternidade

Compro a eterna juventude

Sem contar nada a ninguém

 

Já não seria novidade

Pois quem a morte ilude

Vive para sempre bem.

publicado por poetazarolho às 06:55 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Segunda-feira, 10.07.17

Escassez

Escassez.jpg

O siresp em Portugal

Oferece segurança

Sob a batuta estatal

Entram todos na dança

 

Ninguém aqui fica mal

É um país com pujança

Projecção internacional

Onde nunca se descansa

 

Porque o cidadão afinal

Cumpre a sua obrigação

Sendo credor d’esperança

 

Mas a esperança é terminal

Pois o crédito da missão

É escasso em confiança.

publicado por poetazarolho às 21:49 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Segunda-feira, 03.07.17

Atónitos

Atónitos.jpg

Temos um Coelho atónito

E um Costa que se eclipsou

Sente-se por ambos vómito

Quem governa e governou

 

Sente-se o país a afundar

Na imensa maré desgovernada

Para o peditório não querem dar

Antes deram e não deu em nada

 

Sente-se um presidente entalado

Pois a fabulosa maré cavalgou

Sem perceber a origem remota

 

Dum país cedo mergulhado

Numa euforia que se instalou

Após a vitória que o derrota.

publicado por poetazarolho às 21:25 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Sem coração

Sem coração.jpg

Foi o povo ao MEO arena

Para angariar um milhão

Surge uma luta obscena

“Devia ser minha a gestão”

 

É gostosa a gestão do pote

Aquele que contem o mel

A tragédia deu o mote

Mas o espectáculo tem fel

 

Quem partiu, respeitemos

Quem ajudou, acarinhemos

E poupemos na encenação

 

Por todos, o mel não lambemos

Senão nem sequer merecemos

Vir munidos dum coração.

publicado por poetazarolho às 06:53 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sábado, 01.07.17

Inconsequente

Inconsequente.jpg

Todos querem ter razão

Na razão inexistente

Ninguém aceita sanção

A culpa é inconsequente

 

À boleia da corrupção

Tudo mama minha gente

Desta triste encenação

Espectáculo é deprimente

 

Mas tudo termina bem

Lá pelo sul a bronzear

Sem que haja demissões

 

E a seguir como convém

P’ro espectáculo animar

Chegam novas eleições.

publicado por poetazarolho às 00:19 | link do post | comentar | ver comentários (2)

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