Estados
Vão levando a paciência
Devagar, devagarinho
Proporcionam a demência
Sempre com muito jeitinho
Usam tod’a complacência
Com o pobre coitadinho
Pois sabem da indecência
Ao trilhar-lhe o caminho
São o estado providência
Cada vez mais previdente
Ao cuidar do seu umbigo
Não lhe pesa na consciência
O estado da pobre gente
A quem impõem castigo.