Asfaltados
Só a opulência grassa
Neste mundo em ruínas
Miséria não o trespassa,
Quanto distam as esquinas?
A esquina da moralidade
Ruiu sem darmos por nada…
Sobre estilhaços de bondade
Crueldade fez-se estrada
Assim cruzamos o mundo
Com o espírito esventrado
E um coração de asfalto
Onde o amor jaz moribundo
O humano é posto de lado
E o que luz fala mais alto.