Quarta-feira, 21.12.16

Brutais

Brutais.jpg

Eu não posso engravidar

Porque útero nunca tive

Por isso deixem-me estar

Do meu corpo ninguém vive

 

Mas minh’alma pode parir

Bem p’ra cima dum milhão

E das mais qu’estão p’ra vir

Outras tantas nascerão

 

São de partos naturais

Estas palavras sem rosto

Que nascem sem permissão

 

Tantas vezes feias brutais

Muito mais do que o suposto

Sem nunca pedir perdão.

publicado por poetazarolho às 21:20 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Pastéis

Pastéis.jpg

Da joalharia de Belém, pastéis

Jamais irei sair de mim

Interpretarei novos papéis

Apodrecendo até ao fim

 

Diamantes da confeitaria

Que eternos nunca serão

Nem eterna é a pastelaria

Que os pastéis são como são

 

Degustados pelo prazer

Nesta eternidade finita

Com o fim a acontecer

 

Faço votos de permanecer

Nos meandros desta escrita

E na joalharia de Belém, comer.

publicado por poetazarolho às 00:27 | link do post | comentar | ver comentários (1)

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