Quarta-feira, 28.12.16

Desengonçados

Desengonçados.jpg

O ano da geringonça

Nem sequer fora pensado

Toda ela desengonça

Talhada no resultado

 

Não foi em talha dourada

Para a grande maioria

Já que a casa assaltada

Tão pouco o permitia

 

Não temos tranca na porta

O que agrava a situação

Pode ser um pandemónio

 

Dizem que ainda entorta

E para mal desta nação

Vem por aí o demónio.

publicado por poetazarolho às 22:33 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Terça-feira, 27.12.16

À minha maneira

À minha maneira.jpg

Novo ano vai chegar

Aqui a esta estação

Cada um deve embarcar

Ocupando lugar d’eleição

 

Acidentes podem assustar

Ultrapasse cedo a visão …

Os caminhos a desfrutar

São os da sua predilecção

 

Cada paisagem saborear

Com esperança redobrada

Mas como se tal não bastasse

 

Tocar os sonhos ao acordar

Materializados a cada jornada

Nessa viagem em primeira classe.

publicado por poetazarolho às 23:12 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Domingo, 25.12.16

Visão

Visão.jpg

O meu menino nasceu

Numa cova em Belém

Passado um pouco morreu

Cruxificado mais além

 

Por culpa do rei Herodes

O senhor daqueles dias

Só te calas porque não podes

Dizer o quanto sabias

 

Esta lei universal

Já governa desde então

Sendo pacto milenar

 

Se pensas no que está mal

Tens que mudar de visão

P’ra que não te façam calar.

publicado por poetazarolho às 17:58 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sábado, 24.12.16

O resultado

O resultado.jpg

Sei tudo sobre o universo

Mas nada, do simples ser

Sou o mago do progresso

Que me asfixia ao nascer

 

O mundo está à nossa porta

Mas ninguém o deixa entrar

Muito mais que isso importa

Deixarmo-nos asfixiar

 

Deste pacto com o mal

Que não interessa discutir

Todos vêem o resultado

 

Somos o ser universal

Mas que está a sucumbir

Por ter sido asfixiado.

publicado por poetazarolho às 03:10 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quarta-feira, 21.12.16

Brutais

Brutais.jpg

Eu não posso engravidar

Porque útero nunca tive

Por isso deixem-me estar

Do meu corpo ninguém vive

 

Mas minh’alma pode parir

Bem p’ra cima dum milhão

E das mais qu’estão p’ra vir

Outras tantas nascerão

 

São de partos naturais

Estas palavras sem rosto

Que nascem sem permissão

 

Tantas vezes feias brutais

Muito mais do que o suposto

Sem nunca pedir perdão.

publicado por poetazarolho às 21:20 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Pastéis

Pastéis.jpg

Da joalharia de Belém, pastéis

Jamais irei sair de mim

Interpretarei novos papéis

Apodrecendo até ao fim

 

Diamantes da confeitaria

Que eternos nunca serão

Nem eterna é a pastelaria

Que os pastéis são como são

 

Degustados pelo prazer

Nesta eternidade finita

Com o fim a acontecer

 

Faço votos de permanecer

Nos meandros desta escrita

E na joalharia de Belém, comer.

publicado por poetazarolho às 00:27 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Terça-feira, 13.12.16

Dança das bruxas

Dança das bruxas.jpg

Nesta noite lapidar

Tod’a minha gente dança

Podem não saber cantar

Mas pulam com confiança

 

Com o fémur a dar a dar

Rodopiam as costelas

Não nos querem assustar

Quando batem às janelas

 

Passeando em magote

Após a dança terminar

Vão pedindo gostosuras

 

Deixam tudo num virote

E a quem lhas recusar

Oferecem as travessuras.

publicado por poetazarolho às 22:42 | link do post | comentar | ver comentários (1)

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