Terça-feira, 17.02.15

Faite vous jeux

Faite vous jeux.jpg

Ouvi um dia a um bom amigo

Dizer algo que estou a sentir

Será aquilo que agora vos digo

“O capitalismo há-de um dia falir,”

 

Tudo arrecada, impede de consumir

Aquele que cá em baixo está tão só

Desempregado e sem poder produzir
“Quando ele explora sem sentir dó,”

 

E quem empobrece não pode cumprir

Nem que se esconda debaixo do chinó
“Tudo de baixo para cima irá cair,”

 

Esta é uma lei que não criará pó

Pois aplica-se a quedas logo a seguir
“Como caem as pedras de dominó!”

 

publicado por poetazarolho às 18:25 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sábado, 14.02.15

Realidades

Realidades.jpg

Onde está a realidade

Quase certo não existe

É assim como a verdade

Onde a mentira persiste

 

Conforme a necessidade

São servidas a preceito

Providas de elasticidade

Esticam p’ra fazer o jeito

 

Aos que as sabem moldar

Mercê da sua servidão

Áqueles que finalmente

 

P’ra suas mão não sujar

Oferecem a escravidão

Aos que os servem fielmente.

publicado por poetazarolho às 19:08 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quarta-feira, 11.02.15

Topas ?

Topas.jpg

Do cachecol à gravata

Do sorriso à indisposição

Há uma úlcera que mata

O espírito desta reunião

 

Senhora bem composta

Também sorri a preceito

A comitiva é composta

Por outros com menos jeito

 

São reuniões europeias

Numa Europa cansada

De tanto discurso vazio

 

Enredada em suas teias,

Cidadão não vales nada

Mas há doutores com fastio.

publicado por poetazarolho às 22:21 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Terça-feira, 10.02.15

O combate

O combate.jpg

Olhando arestas de tectos

Sem tectos no horizonte

Mesmo sem ângulos rectos

Qu'a sede não amedronte

 

Quem no meio de projectos

Bebeu a água da fonte

Da nascente dos afectos

E que um dia se confronte

 

Com a sã necessidade

De combater predicados

Aos sujeitos conspurcados

 

Tão plenos de opacidade

Que mesmo quando lavados

Não são porcos, são javardos

publicado por poetazarolho às 23:34 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Sábado, 07.02.15

Helénicos

Helénicos.jpg

O fascismo higiénico

Do mundo do capital

Persegue o povo helénico

Isto pode acabar mal

 

Garrota as sociedades

Anula as democracias

Promove atrocidades

Impensável nestes dias

 

Povos não vão aguentar

Toda a imensa pressão

Que aporta este fascismo

 

E já está a começar

Sob o manto da religião

Alojou-se o terrorismo.

publicado por poetazarolho às 18:45 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Quinta-feira, 05.02.15

Ser e não ser

Ser e não ser.jpg

Seres são mais valia

P’rá estatística global

Ser humano é arrelia

Para o poder estatal

 

Seres são rendimento

P’rá máquina fiscal

Ser humano desalento

Um fardo no hospital

 

Caro o medicamento

Atrapalha a gestão

Neste difícil momento

 

Ser número é solução

Inscrita no orçamento

Ser humano é que não.

publicado por poetazarolho às 22:29 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Terça-feira, 03.02.15

Pobres de nós

Pobres de nós.jpg

Pobreza no parlamento

De novo em discussão

Será um rico momento

Mas pobres é que não são

 

Restaurante bem fornecido

Com um bar a condizer

Chefe é bem conhecido

Só dá o melhor a beber

 

No regresso à tardinha

Montados no complemento

Por esforço e dedicação

 

Dinheiro até me convinha

Mas é necessário ao sustento

Dos deputados da nação.

publicado por poetazarolho às 23:54 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Vale das almas

Vale das almas.jpg

Merkel bateu com o pé

Seu coração são as tripas

E para mostrar como é

Recusa falar ao Tsipras

 

É a construcção europeia

À luz duma democracia

Onde a ditadura campeia

Onde a cada novo dia

 

Ouvimos a verborreia

Duma elite esmagada

Pela morte que semeou

 

No vale das almas passeia

Mas com a cara tapada

P’ra não ver os que matou.

publicado por poetazarolho às 00:09 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Domingo, 01.02.15

Não podemos

Não podemos.jpg

Podemos não faz sentido

Dispara o poder instalado

Gostaria de vê-lo reprimido

E antes mesmo torturado

 

Podemos é doido varrido

E não vai a nenhum lado

Dêem-lhe já o comprimido

Antes de ser enjaulado

 

Para sempre na gaiola

Podemos não mais cantou

No poleiro nos entendemos

 

Nem que o povo peça esmola

Isso ao poder nunca afectou

Só o afectaria o podemos.

publicado por poetazarolho às 19:34 | link do post | comentar | ver comentários (1)

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