Domingo, 26.10.14

O povo é sereno

O povo é sereno.jpg

Façamos o teste de stress

Ao bom povo português

E se mais baixo não desse

Dá fome de quando em vez

 

Mas como o povo é sereno

Aguenta como já se disse

Ser burro carregado a pleno

Sem se aperceber da burrice

 

Mas agora há a cenoura

Que muito burro faz correr

À espera do ano seguinte

 

Vazia está a manjedoura

Mas há esperança de comer

P'ró ano com todo o requinte.

publicado por poetazarolho às 14:14 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Quarta-feira, 22.10.14

Leilões

Leilões.jpg

Brincavam aos pobrezinhos

Num local à beira mar

Vêm aí os chinezinhos

Para a herdade comprar

 

Melhor preço ou em saldo

É negócio para chineses

Surge agora no rescaldo

Duma falência faz  meses

 

A nação está a colapsar

Dizem por estar tudo ligado

Sob o manto da corrupção

 

A mim dá-me que pensar

P’ra que servirá um estado

Que tudo vende em leilão.

publicado por poetazarolho às 22:42 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quinta-feira, 16.10.14

Orçamentados

Orçamentados.jpg

Vem o orçamento d'estado

Ao bolso do português

Está farto de ser roubado

Mas assaltam-no outra vez

 

Anda assim desgovernado

Sem entender o cardápio

Que lhe foi reservado

Por um governo larápio

 

Promotor da natalidade

De bolinhas de sabão

Que ao subir vão rebentar

 

Revelando a infertilidade

De ideias que de ante mão

São paridas p'ra enganar.

publicado por poetazarolho às 23:32 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Terça-feira, 14.10.14

Vira virou

Vira virou.jpg

O cruel e triste fado

Do nosso querido país

Que parece mergulhado

Dos pés até ao nariz

 

Conseguindo respirar

Sabe-se lá de que maneira

Evitando assim naufragar

Neste mar, qual estrumeira

 

Da nossa desilusão

Mas há quem não desista

De prosseguir o caminho

 

Em busca da satisfação

Vamos com a sra ministra

Exortar o vira do Minho. 

publicado por poetazarolho às 23:01 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Quinta-feira, 09.10.14

Desdireitos

Desdireitos.jpg

Um direito obrigatório

Será uma imposição

Pode parecer irrisório

Mas é a minha opinião

 

Um direito recusar

É também direito meu

Não se sobrepõe ao sujeito

O que ele não quer usar

 

Um direito retalhado

Por interesse superior

Que a outro faz proveito

 

É um direito minado

Seja lá ele qual fôr

Não me impõem o direito.

publicado por poetazarolho às 22:42 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Terça-feira, 07.10.14

Pa ciência

A política foi vendida

Ao poder do capital

Sociedade está ferida

Por isso se vive mal

 

Políticos já não decidem

Aquilo que está p'ra vir

São esses que nos agridem

De tanto nos extorquir

 

Mas o futuro é ciência

Descobriu um visionário

Ou seria um cientista

 

Já não temos paciência

P'ra tanto salafrário

Nem tanto malabarista.

publicado por poetazarolho às 23:12 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quinta-feira, 02.10.14

Vozes

Quem és não está definido

Apenas depende do amor

Só assim não fará sentido

O que diz qualquer rumor

 

Cresce livre sem escutar

Essas vozes que não vês

Podes mesmo imaginar

Porque gastam o português

 

Com o tempo que sobrar

Molda um melhor futuro

Do que aquele que descrevem

 

Essas vozes que ao falar

Não têm sentimento puro

Nem falam aquilo que devem.

publicado por poetazarolho às 23:13 | link do post | comentar | ver comentários (1)

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