Terça-feira, 30.09.14

Dançando

 

Já chegou o salvador

Ó arautos da desgraça

Reparem na sua graça

E em redor o esplendor

 

A tapeçaria escarlate

Sob castiçais dourados

Os desígnios planeados

Acabar com o disparate

 

Portugal mobilizando

Em busca da maioria

Que nos trará a esperança

 

Mas só se fôr dançando

No meio da escadaria

Onde começou a dança.

publicado por poetazarolho às 21:55 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Domingo, 28.09.14

Lideranças

 

E é o povo que paga

Cambada d'ignorantes

Nada fica como estava

Fica tudo como dantes

 

Mundam-se as lideranças

Lindas gamelas doiradas

São das cadeiras as danças

Quais poltronas enfeitadas

 

Ó santinho padroeiro

Lança aqui a tua luz

P'ra iluminar Portugal

 

Eles que pensem primeiro

No que a política induz

Tenham consciência social.

publicado por poetazarolho às 21:53 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Sábado, 27.09.14

Emigráveis

 

Os cérebros emigraram

E com eles a inteligência

Mas os intestinos ficaram

E a malcheirosa escorrência

 

Sargetas de Portugal

Ao poder imediatamente

Para que não cheire tão mal

E tão mal não faça à gente

 

Cumpram a vossa missão

Escoem todo o excremento

Que à tona se mantém

 

Para qu'esta intoxicação

Termine a todo momento

Se não emigramos também.

publicado por poetazarolho às 17:58 | link do post | comentar | ver comentários (6)
Terça-feira, 23.09.14

Turbilhões

 

Harmonia foi destronada

Pelo poder do dinheiro

O homem não vale nada

As coisas estão primeiro

 

Humanidade afogada

Só sabe viver a crédito

Sementeira está estragada

E a caminho do descrédito

 

A mente está formatada

Pelo carácter urgente

Da próxima realização

 

A tarefa não terminada

Duma forma displicente

Não vai ver-se no turbilhão.

publicado por poetazarolho às 21:57 | link do post | comentar
Domingo, 21.09.14

Sociedade light

 

É light esta sociedade

Apenas no seu linguajar

Pois sente a necessidade

Do demónio branquear

 

Pode esventrar crianças

Cabeças também decepar

Para o crime há fianças

Se o discurso o aligeirar

 

São as forças subversivas

Que se estão a combater

Tudo se permite à partida

 

Condição para que vivas

Outro lado tem que morrer

Com a morte se dá vida.

publicado por poetazarolho às 21:30 | link do post | comentar
Sexta-feira, 19.09.14

Poderes anormais

 

Que seja normalidade

Humana não certamente

Pois padece de insanidade

Quase toda a humana gente

 

Anormalidade é poder

Nisso acredito piamente

Se o querem engrandecer

Minta-se descaradamente

 

E para que saia perfeita

Esta fórmula poderosa

Deve-se ainda acrescentar

 

O fazer parte duma seita

Suficientemente escabrosa

E capaz de nos ignorar.

publicado por poetazarolho às 22:12 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Quinta-feira, 18.09.14

Somos nós

 

Temos a decapitação

Servida sem preconceito

Passa até na televisão

Este fenómeno sem jeito

 

Isto em dia de eleição

Para que o país perfeito

Sofra uma implosão

Segundo disse o sujeito

 

Não existe construção

Decapitados estamos

De ideias agregadoras

 

Sente-se a destruição

Depressa nos esfumamos

Ante mentes destruidoras.

publicado por poetazarolho às 22:44 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Segunda-feira, 15.09.14

País santo

 

 

O novo banco está velho

Administração deu à sola

Uma família sem trambelho

Vai pôr-nos a pedir esmola

 

Ouvi dizer está parado

Num estado deprimente

Tod'o espólio foi gamado

Quem vai pagar é a gente

 

É a prenda de natal

Que nos calhou em sorte

Sem que quiséssemos tanto

 

Já nos habituou Portugal

Que entre a vida e a morte

Louvemos ao espírito santo.

 

publicado por poetazarolho às 17:44 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Domingo, 14.09.14

País bento

 

A culpa morre solteira

Ainda qu'exista culpado

Esta é uma lei certeira

No futebol e no estado

 

Mas vai-se difarçando

Verdadeiro estado da nau

O barro à parede atirando

Isto afinal não está mau

 

E enquanto navegar

Tempestade é disfarçada

E a peneira tapa o sol

 

Se o destino é naufragar

Mesmo sem culpa de nada

Algum bento vai no rol.

publicado por poetazarolho às 19:11 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sábado, 13.09.14

Preenchido

 

É meu povo meu país

O medo não me assiste

Venho ouvir o que diz

Não serei eu quem desiste

 

Já desce o desemprego

Já afunda o submarino

Estamos aqui sem apêgo

É um sonho de menino

 

Comandar uma armada

Ou conduzir o destino

Desta enorme nação

 

Até posso ficar sem nada

Mas este povo latino

Preenche-me o coração.

publicado por poetazarolho às 23:03 | link do post | comentar | ver comentários (1)

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