Terça-feira, 31.12.13

Ano imperfeito

 

Um ano melhor a chegar

Bem regado e a preceito

Esperança veio espreitar

Viu o futuro imperfeito

 

Imperfeito é esperança

Pois permite a evolução

Perfeito já não avança

Representa a estagnação

 

Da discussão nasce a luz

O contrário é escuridão

Presente ao futuro conduz

 

O passado é uma lição

Com seus erros se produz

Novo ano sem perfeição.

publicado por poetazarolho às 18:13 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Quinta-feira, 26.12.13

Vamos embora

 

Esta humanidade fútil

Vai ajoelhando sem rezar

Não produz nada de útil

Anda aqui por andar

 

E mesmo a contragosto

Estão sempre a aumentar

Lá vai mais um imposto

Pois sou eu a governar

 

Em menos de uma hora

Pode muito bem acontecer

Que crie muitas galinhas

 

Vamos da humanidade embora

Qu’isto aqui está pr’a esquecer

Expliquem lá isso às alminhas.

publicado por poetazarolho às 21:36 | link do post | comentar
Terça-feira, 24.12.13

Maldição

 

Em tempos d’incerteza

Certezas são a poeira

A humanidade foi presa

Na sua própria ratoeira

 

É pequeno o coração

E a alma foi conspurcada

Já não vai lá com sabão

Sujidade está agarrada

 

Só o dinheiro é certeza

Que faz juz à condição

Da humanidade vergada

 

Ao seu estado de pobreza

E triste na sua maldição

Vê-se rica e já sem nada.

publicado por poetazarolho às 00:13 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sábado, 21.12.13

Desinspiração

 

Donde vem a inspiração

Vem do céu ou do inferno

Conforme a imaginação

Neste tempo moderno

 

De inspiração terrível

Que a cultura destruiu

Futuro tornado sofrível

Presente assim o previu

 

Porque andamos inspirados

Pl’o consumo desenfreado

Principal necessidade

 

Ditada pelos mercados

Neste tempo de pecado

Não nos inspira a verdade.

publicado por poetazarolho às 18:21 | link do post | comentar
Quarta-feira, 18.12.13

Acordarão

 

Pobreza envergonhada

E silenciosa também

Avança pela calada

É tratada com desdém

 

Cada pobre vale nada

Uma conta que convém

Para que seja aumentada

A riqueza mais além

 

Já foram contabilizados

Estatisticamente falando

Bem acima dum milhão

 

Pobres e silenciados

Consciência vão tomando

E um dia acordarão.

publicado por poetazarolho às 22:32 | link do post | comentar
Terça-feira, 17.12.13

Incontornável

 

Humanidade insolvente

À beira do inconformismo

Observa descontente

O incontornável abismo

 

Dará um passo em frente

Ou numa de realismo

Assumir-se-á demente

Pr’a evitar o cataclismo

 

E assim louca sem estar

Com o abismo transformado

Numa insanidade global

 

Para o abismo há de saltar

Não pode ser contornado

É o seu destino afinal.

publicado por poetazarolho às 01:01 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sábado, 14.12.13

Equidades

 

Futuro mais que imperfeito

Desta nossa sociedade

Constrói  presente perfeito

Sobre pilhas de equidade

 

Onde uns são mais iguais

Usufruindo os benefícios

Enquanto sobre os demais

Impendem os sacrifícios

 

Estas são as contingências

Da sociedade irracional

Que soubemos construir

 

Sem medir consequências

Deste erro monumental

Que nos está a destruir.

publicado por poetazarolho às 23:07 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quinta-feira, 12.12.13

Corrente de ar

 

O povo no parlamento

Não lembra a satanás

Fiquem-se pelo lamento

Mas lá do lado de trás

 

A casa da democracia

É local muito honrado

Já basta tanta porcaria

Que fazem do vosso lado

 

Se a porta não abrimos

Não é pr’a impedir d’entrar

Apenas não vos ouvimos

 

Pois estávamos a trabalhar

E porque assim impedimos

As malditas correntes de ar.

publicado por poetazarolho às 19:19 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Terça-feira, 10.12.13

É agora

 

É agora Portugal

Que nós vamos renascer

Isto vai ser bestial

Basta esperar pr’a ver

 

Ideias são às centenas

Para salvar a nação

Das maiores às pequenas

Todas elas contribuirão

 

Pr’a nos tirar do buraco

Que aqui se foi cavando

Sei que não foi por mal

 

Mandem depois ao Cavaco

Esse vosso memorando

Com os votos de Natal.

publicado por poetazarolho às 22:24 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Domingo, 08.12.13

Pirataria

 

Faz barquinhos de papel

Este país à deriva

Porquê tanto escarcel

Vem política restritiva

 

Tão restritiva asfixia

Até a construcção naval

Que não voltará um dia

A fazer-se em Portugal

 

Mete água a embarcação

Tem o casco perfurado

Foi alvo de pirataria

 

Atacaram a tripulação

Sacaram-lhe o ordenado

Foi um saque à luz do dia.

publicado por poetazarolho às 17:13 | link do post | comentar | ver comentários (1)

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