Asseadinhos

 

O medo contemporâneo

É colorido e pomposo

Pode parecer extemporâneo

Mas chega a ser doloroso

 

Não usamos adjectivos

Das coisas como elas são

Ficamos pelos substântivos

Para se evitar a agressão

 

Não há nomes para os bois

É tudo muito correcto

E muito asseadinho

 

Fica tudo para depois

E evita ser-se directo

Assim não se faz caminho.

publicado por poetazarolho às 22:17 | link do post | comentar | ver comentários (1)