Quinta-feira, 30.05.13

Sustentabilidade

 

A nova sustentabilidade

Vai pôr-te a trabalhar

Desde a mais tenra idade

Até a morte te levar

 

Só assim será possível

Sustentar o nosso estado

Um estado imprevisível

E muito mal governado

 

Vende-te a banha da cobra

Ao preço do creme vichy

Sem que possas dizer não

 

Pagas o dobro pl’a sua obra

Este é pr’a quem mora aqui

O preço da corrupção.

publicado por poetazarolho às 22:25 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Terça-feira, 28.05.13

À beira mar

 

À beira mar do inferno

Está perdido este país

Parece castigo eterno

Pena que ninguém quis

 

Mas vai ter que suportar

Até ao fim da maldição

Mais valia à beira mar

Mas sem haver perdição

 

Nem gigante Adamastor

De gloriosas epopeias

Desta que já foi nação

 

E agora suporta a dor

Desse cante de sereias

À beira mar triste canção.

publicado por poetazarolho às 23:39 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quarta-feira, 22.05.13

O resto da gente

 

Já desperta com Cavaco

A Europa adormecida

Quem leva o melhor naco

Não é a virgem aparecida

 

Quem se anda a governar

Leva um naco de luxo

Passas a vida a lutar

Levas um pouco do bucho

 

Vai desfilando a procissão

Dos que não têm vergonha

Do luxo não abrem mão

 

Mas o bucho é suficiente

Façam uma cara risonha

Vocês, o resto da gente.

publicado por poetazarolho às 22:01 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Terça-feira, 21.05.13

Pós-Troika

 

Pós-Troika é o futuro

Dum Vítor já esgotado

E neste país inseguro

Seguro está preparado

 

Pr’a nos levar à glória

Logo após a eleição

Fará parte da memória

Como outros no Panteão

 

E o povo arrebatado

No meio deste processo

Quase sempre encandeado

 

Pelas luzes do sucesso

Rejubila e canta o fado

Nem às paredes confesso.

publicado por poetazarolho às 00:46 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sábado, 18.05.13

iPhonecracia

 

Vivemos na aparência

Da suposta democracia

Porque tod’a evidência

Aponta pr’á economia

 

Essa economia reprime

Qualquer laivo democrata

Implantou o seu regime

Quer mão de obra barata

 

Todos muito alinhados

Num clima de alienação

No big-brother focados

 

Com o iPhone na mão

Muitos sms’s enviados

E a factura um dinheirão.

publicado por poetazarolho às 00:09 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quinta-feira, 16.05.13

O fim do fado

 

Ó minha Nossa Senhora

Ajudai-me a compreender

Como se tolo eu fôra

Esta forma de morrer

 

Às mãos destes ditadores

Que estrangulam seu povo

E a Ti prestam louvores

Celebrando o acordo novo

 

Com esse deus venerado

Cujo altar está decorado

A cifrões por todo o lado

 

Manto a ouro debruado

Pobre povo estrangulado

Assim não cantas o fado.

publicado por poetazarolho às 23:05 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Segunda-feira, 13.05.13

O aviso

 

A falência do social

Foi opção deste país

De seu nome Portugal

Agora ninguém o diz

 

O submarino preferiu

Comprado na Alemanha

Em seguida submergiu

Agora ninguém estranha

 

Investiu em bancos mil

Negociou boa parceria

Fez SWAP’s a preceito

 

Nasceu futuro em Abril

Passado ninguém queria

No presente está desfeito.

publicado por poetazarolho às 23:33 | link do post | comentar | ver comentários (1)

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