Poder em Portugal
Abundante o desalento
Fez escoar a esperança
Ouço o sopro do vento
Não me soa a mudança
Soa como um temporal
Que nos está a arrasar
É o poder em Portugal
Que só sabe espezinhar
Recebe doces saborosos
Os quais gosta de lamber
Não passam duns gulosos
Que se agarram ao poder
P’ra servir os poderosos
Com poder de corromper.