Quinta-feira, 29.11.12

Fé na austeridade

 

Nível do mar está a subir

O dos impostos também

A seguir pensam diluir

Férias vão, Natal não vem

 

Mas há fé na austeridade

E o governo todo acredita

Na receita da insanidade

Que a todos nós debita

 

Faz lembrar tempos idos

Não sei se amordaçados

Mas igualmente desvalidos

 

Vamos morrer endividados

Em alternativa diluídos

Ou quem sabe afogados.

publicado por poetazarolho às 23:26 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Terça-feira, 27.11.12

Revolução em verso

 

Dum poema perfeito

Nasce bonita canção

Dum poema desfeito

Estilhaçada emoção

 

Um poema sem jeito

Não merece distinção

Um poema escorreito

Não busca a variação

 

Já o poema mordaz

Faz aumentar o tom

Desta contestação

 

Que a realidade traz

Onde ecoa alto o som

Do poema revolução.

publicado por poetazarolho às 22:39 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sábado, 24.11.12

Sem futuro

 

É pobreza envergonhada

Ou será a porca miséria

P’la economia leiloada

Nesta sociedade galdéria

 

Nesta sociedade sem lei

Sobrevive o mais forte

Onde o futuro bem sei

Será ditado p´la sorte

 

A maioria com seu azar

Fará das tripas coração

O diabo esse amassou

 

Pão que nos irá calhar

E esta é a triste canção

Qu’a sorte nos reservou.

publicado por poetazarolho às 19:54 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quinta-feira, 22.11.12

Português não

 

Reformamos o estado

Agora é que é de vez

Já está quase prostrado

Reforma-se por invalidez

 

Está a matar-nos devagar

Sem ter dó nem piedade

O bom caminho é matar

Também esta sociedade

 

Que nos coloca à deriva

Em estado de calamidade

E nos causa desfaçatez

 

Ou como alternativa

Nossa única prioridade

É deixar de ser português.

publicado por poetazarolho às 21:37 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Terça-feira, 20.11.12

Pensão e mansão

 

Criminosa uma pensão

Neste nosso Portugal

Se auferes um milhão

Um milhão passa mal

 

Mas a ti não importa

Esse milhão mal amado

Que a pobreza suporta

Se tu és privilegiado

 

À porta uma limusina

Dessa grande mansão

Com mordomo fardado

 

Na barraca pequenina

Mora um outro irmão

Por este país enganado.

publicado por poetazarolho às 21:54 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Domingo, 18.11.12

Ilusionismo

 

Vou-vos baixar o imposto

Ainda sem o ter subido

É que estou bem disposto

Têm um prémio merecido

 

Mas não se habituem mal

Pois vão ver em Janeiro

Logo a seguir ao Natal

Olhem o recibo primeiro

 

Vão ver que esta descida

Será no vosso salário

Porque a enorme subida

 

Da dívida desta nação

Não permite o contrário

Só permite esta ilusão.

publicado por poetazarolho às 19:12 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quinta-feira, 15.11.12

Ano da serpente

 

Empobrece alegremente

Não faças greve geral

O governo não te mente

Faz o nivelamento global

 

Nivela ordenado da gente

Por uma bitola intemporal

Que existiu anteriormente

Quanto te pagavam em sal

 

Agora a salga é diferente

Vão salgar o estado social

Será nivelado outra vez

 

Passa a estado deprimente

E o calendário do país natal

Passa a ser o do chinês.

publicado por poetazarolho às 00:21 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Segunda-feira, 12.11.12

Fado austeridade

 

Angela à terra descia

Esta terra ingovernável

Em visita de cortesia

Que cortesia é saudável

 

Saudamos o teu gesto

Nós povo desta nação

Com futuro indigesto

Sem ter conduto no pão

 

Nesta terra da saudade

Onde a dívida é lei

Aonde a lei é fado

 

O fado é austeridade

E austeridade bem sei

Deixa o povo esfaimado.

publicado por poetazarolho às 22:48 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sábado, 10.11.12

Tiro de partida

 

Militares saíram à rua

Mas não p’ra guerrear

Ideal não se prostitua

Que só vieram protestar

 

Mas estava prostituído

Esse ideal da revolução

Que Abril foi possuído

Por políticos de tostão

 

E este país destruído

À beira da escravidão

Viu a tropa na avenida

 

Um desfile sem sentido

É mais um na multidão

Sem o tiro de partida.

publicado por poetazarolho às 20:40 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sexta-feira, 09.11.12

Novas danças

 

Não durmas irmão

Permanece acordado

Se dormes, a situação

Coloca-te no passado

 

Deixa ficar o colchão

No sítio movimentado

E levanta-te desse chão

Onde estavas deitado

 

Busca uma revolução

Não fiques acomodado

Porque o mundo então

 

Ao ver-te assim prostrado

Faz-te carne p’ra canhão

Vem dançar ao nosso lado.

publicado por poetazarolho às 19:14 | link do post | comentar | ver comentários (1)

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