Terça-feira, 30.10.12

Reafundar

 

Refundação terminada

Venha já o orçamento

Ou então não sobra nada

P’ra dar ao salazarento

 

O povo aguenta mais

Já apregoa o banqueiro

E eu vejo disso sinais

Os que faz o timoneiro

 

Duma nau já sem rumo

Ao sabor desta tormenta

Remem todos com vontade

 

É dado certo, não presumo

Este é um povo que aguenta

Com todo a austeridade.

publicado por poetazarolho às 21:32 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Domingo, 28.10.12

Gritaria não

 

Vinte meses apenas

P’rá linha de chegada

Mortos são às dezenas

Ao longo da caminhada

 

Representam o sacrifício

Desta longa maratona

São os ossos do ofício

Relvas não nos abandona

 

Procura dar-nos alento

Só não quer é gritaria

Que incomode majestade

 

Paguemos o seu sustento

Pois essa é a única via

P’ra não sentir austeridade.

publicado por poetazarolho às 17:53 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quinta-feira, 25.10.12

Europa final

 

Esta Europa vigente

Está na contagem final

O declínio é evidente

A música é bestial

 

Um metal bem puxado

Com cordas a vibrar

Ouve-se por todo lado

Põe a malta a pular

 

E de cabeça marada

Com notas emocionantes

Pela banda bem afinada

 

Nada ficará como dantes

Depois desta rocalhada

Uma Europa de pedantes.

publicado por poetazarolho às 21:59 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Terça-feira, 23.10.12

(A)normalidade

 

Anda comigo

Ver os anormais

Estão de castigo

À espera de sinais

 

De quem governa

Uns tipos bestiais

Com visão moderna

A seguir virão mais

 

São predestinados

A cargos governamentais

E bem remunerados

 

Por serem eventuais

São depois dispensados

Com benesses senhoriais.

publicado por poetazarolho às 22:38 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Domingo, 21.10.12

Os moirais

 

Mete nojo, ou não sei

Esta gente inventada

E estando acima da lei

Vão tocando a manada

 

A teta já quase secou

Espremem a última gota

Portugal já descambou

Está à beira da bancarrota

 

Sofre esta contrariedade

E o povo mostra indignação

Contra o poder instalado

 

Que impõe a austeridade

Como única solução

Pr’acabar com este gado.

publicado por poetazarolho às 19:15 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sexta-feira, 19.10.12

País marado

 

Governo não está a cair

Diz o Coelho apressado

O Portas não se vê sorrir

Sabe que foi enganado

 

Mas vai ter que engolir

Este remédio estragado

Pois não tem como fugir

Sem que fique arruinado

 

Estamos reféns da ruína

No país mal governado

Vou snifar a cocaína

 

Hard rock é meu fado

Faço uma trip de heroína

Como o país fico marado.

publicado por poetazarolho às 21:37 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quarta-feira, 17.10.12

D. Gaspar

 

Afinal era Gaspar

E não D. Sebastião

Andou anos a estudar

Para salvar a nação

 

Voltou pr’a aplicar

Com grande convicção

Uma receita de pasmar

A toda a população

 

Que andou a esbanjar

Sem poupar um tostão

Nem o futuro acautelar

 

Casa, carro e televisão

Vão ter que entregar

Ou males maiores virão.

publicado por poetazarolho às 21:30 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Segunda-feira, 15.10.12

Orçamento p’ra tosse

 

Pago tudo o que devo

Com o sangue do povo

Isso porque não m’atrevo

A defendê-lo de novo

 

Fui eleito p’ra pagar

E acalmar os credores

Para isso há que sangrar

Este povo de devedores

 

Vive acima da sua posse

Mas vai ter que vergar

Não há outra solução

 

É um orçamento p’ra tosse

Vai ter que se habituar

A mais esta constipação.

publicado por poetazarolho às 20:40 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sexta-feira, 12.10.12

Medida grossa

 

Esta malta engravatada

Com o título de doutor

Não é por ser endinheirada

Que desempenha melhor

 

Ter a experiência devida

Para o cargo de consultor

Sem experiência de vida

Torna o cargo num horror

 

Entra mosca ou sai asneira

A cada discurso inflamado

Em favor da causa perdida

 

Numa fluente verborreia

Mas é este povo azarado

Que suporta cada medida.

publicado por poetazarolho às 23:27 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quarta-feira, 10.10.12

Nódoas

 

Relvas comprou um coelho

Mas não era p’ra estufar

Era um irmão mais velho

Que o haveria d’ajudar

 

Deu-lhe verba colossal

Dos fundos europeus

Para o programa foral

E disse-lhe és cá dos meus

 

Coelho muito agradecido

Mais tarde iria retribuir

Com um lugar merecido

 

Donde não poderia sair

Nódoa no melhor tecido

Sabemos pode sempre cair.

publicado por poetazarolho às 21:07 | link do post | comentar | ver comentários (1)

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