Depenados
Do massacre silencioso
Não se fala, parece mal
Voz do povo era pernicioso
Se acaso chegasse ao jornal
Podem até chamar-lhe festa
Que com a fome latente
Povo nem sequer protesta
Todos à festa minha gente
Sem saúde e sem dinheiro
Tenham por vós mil cuidados
Encham a barriga primeiro
Não se sintam massacrados
Cheguem nutridos a Janeiro
Para serem depenados.