Domingo, 30.09.12

Portugal anuciado

 

Somos laboratório social

Do desastre anunciado

Nesta atmosfera radical

Dum regresso ao passado

 

Que dizem ser neoliberal

Mas eu acho que é o fado

Dum país que é Portugal

Ao seu destino amarrado

 

Oito séculos d’existência

A viver do ouro acumulado

Conclui-se da experiência

 

Somos um povo destinado

A lutar pela subsistência

Não é brilhante o resultado.

publicado por poetazarolho às 19:04 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sexta-feira, 28.09.12

Universidade de Verão

 

 

Na universidade de Verão

Aprendes a governar

Oportunidades virão

P’rás matérias aplicar

 

Começas por vereador

Depois vais a presidente

Entretanto já és doutor

No hemiciclo da gente

 

Ministro era o teu sonho

Concretizado aos quarenta

Mercê da brilhante carreira

 

Início dum futuro risonho

Consultor até aos sessenta

E uns milhões na algibeira.

publicado por poetazarolho às 17:05 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quarta-feira, 26.09.12

Imaginação

 

P’ra esse peditório ó meu

Deste regime que fedia

Demais o pessoal já deu

Faz parte da democracia

 

Dos poderes consolidados

Que alternam por definição

E os corruptos instalados

Aos quais todos untam a mão

 

Nunca houve culpa formada

Nem provas do desvario

Que grassa nesta nação

 

Creio que não se passa nada

Investigaram anos a fio

Deve ser só imaginação.

publicado por poetazarolho às 19:58 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Segunda-feira, 24.09.12

Bloqueio

 

Não está na violência

Uma qualquer solução

Eu falo com a anuência

Do meu destino na mão

 

Basta gerar o bloqueio

Na rua com um milhão

E donde a medida veio

Logo mais duas virão

 

Para tapar o devaneio

Da já longa governação

Que este buraco cavou

 

Desta gente estou cheio

Quarent’anos já lá vão

E nada de bom resultou.

publicado por poetazarolho às 20:27 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Domingo, 23.09.12

Cigarras

 

As cigarras deste país

Cantam no seu poleiro

As formigas já se diz

Há poucas no formigueiro

 

O exemplo vem de cima

Ó cigarras trabalhai

Ajudai a mudar o clima

Deste esforço partilhai

 

E todos numa nota só

Conseguiremos o milagre

De chegar mais além

 

De contrário tenham dó

Moscas fogem do vinagre

Como as formigas também.

publicado por poetazarolho às 18:33 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Sábado, 22.09.12

Conselho faraónico

 

A TSU parece não vem

Virá corte equivalente

Decidiram em Belém

Povo quer-se dormente

 

Pobreza é o seu limiar

Acima só os iluminados

Nascidos p’ra governar

Este bando de azarados

 

Mas um azar não vem só

Então o conselho d’estado

Reunido com tod’o preceito

 

Sob a égide dum faraó

Declarou tudo reconciliado

O povo pobre mas satisfeito.

publicado por poetazarolho às 23:12 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sexta-feira, 21.09.12

Vamos a caminho

 

Caro vamos a caminho

Dum país sem pão

Ao menos um bocadinho

Escuta a manifestação

 

O conselho d’estado

Desta desgraçada nação

Não ouve o petardo

Da nossa indignação

 

Afunda a nação heróica

Refém deste desgoverno

Num quadro deprimente

 

Que se lixe a troika

Que se lixe o governo

Que se lixe o presidente.

publicado por poetazarolho às 23:09 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Quinta-feira, 20.09.12

Fado da TSU

 

Vive numa rua cinzenta

É prima da austeridade

Aquela taxa violenta

E cheia de ambiguidade

 

Os ministros justificam

O porquê desta medida

Que agora simplificam

Mas é uma causa perdida

 

Ai taxa tu que és social

Não nos leves o sustento

Escuta a maioria na rua

 

O povo está a passar mal

Pode tornar-se violento

E não é por culpa sua.

publicado por poetazarolho às 21:26 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Terça-feira, 18.09.12

Gerações e desilusões

 

P’ró que lhes havia de dar

Quererem-nos pobrezinhos

Depois do imenso penar

Dos nossos avós e paizinhos

 

Pobre país sem produtividade

Onde entraram aos milhões

Para promover a equidade

Mas só comprámos desilusões

 

Os milhões foram encaixados

Onde muito bem sabemos

Mas não há provas de nada

 

Pobre país de desgraçados

Três gerações e sofremos

E a próxima está destroçada.

publicado por poetazarolho às 21:48 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Domingo, 16.09.12

Manifestação comercial

 

Manifestação é fogo

Que arde sem se ver

Meu povo foi a jogo

Este jogado p’lo poder

 

É o poder que não se vê

Quem manda não aparece

Hoje passa a rodos na têvê

E amanhã já se esquece

 

Teremos nova austeridade

Nesta loucura prometida

Que nos arrasta em espiral

 

E p’rá semana na cidade

A manifestação já decidida

Será no centro comercial.

publicado por poetazarolho às 18:58 | link do post | comentar | ver comentários (1)

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