Quinta-feira, 28.06.12

Jumento

 

Medidas de austeridade

Fizeram cair a receita

Isto é uma calamidade

Nova austeridade espreita

 

Para a receita estrangular

A gente não se endireita

E o país vai definhar

Não há cura p’rá maleita

 

Não sabem como a tratar

Os doutores lá de S.Bento

Só nos sabem carregar

 

Como se faz ao jumento

Não estamos a aguentar

Morreremos do tratamento.

publicado por poetazarolho às 23:40 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quarta-feira, 27.06.12

Espanhóis e caracóis

 

É vencer os espanhóis

Com muita força e garra

E comer uns caracóis

Muita uva e pouca parra

 

Nesta selecção de eleição

Vão abaixo umas imperiais

Noventa minutos serão

Se não forem, venham mais

 

P’ra beber no prolongamento

Não sei se estou grosso ou fino

Já nem sinto as minhas dores

 

Depois de tanto condimento

Nem consigo cantar o hino

Parabéns, hic, aos vencedores.

publicado por poetazarolho às 14:25 | link do post | comentar
Terça-feira, 26.06.12

Boca doce

 

Mais austeridade, não

Mais austeridade, sim

Carece uma definição

Este alternado frenesim

 

Os que estão n’oposição

Não alcançam o pudim

Os que estão na governação

Não querem que tenha fim

 

Vamos vendo a alternância

E os gulosos que alternam

Vivem como se nada fosse

 

Com tiques de abundância

Muito bem se governam

E comem o boca doce.

publicado por poetazarolho às 22:15 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Segunda-feira, 25.06.12

Caminho do sucesso

 

Já hoje ficou provado

Que metade do ano passou

Pelo ministro de estado

Que muito bem cantou

 

Cantaram à desgarrada

Para demonstrar o progresso

Do país que não valia nada

E vai a caminho do sucesso

 

Próximo ano é de viragem

Em uníssono ambos disseram

Acabados de chegar de viagem

 

Muita esperança nos deram

Nós cremos na alavancagem

E em tudo o que prometeram.

publicado por poetazarolho às 19:18 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Domingo, 24.06.12

Náufragos

 

 Quietinhos vamos ficar

À espera qu’o barco aguente

Ou a água começa a entrar

E dá-se um grande acidente

 

Quem assim soube falar

Não foi qualquer vidente

Por isso há que respeitar

Quando fala o presidente

 

Mas o barco está furado

Mete água por tod’o lado

E parece não ter conserto

 

Já vejo o barco afundado

Comandante fique sossegado

Em náufrago não me converto.

publicado por poetazarolho às 20:32 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Quinta-feira, 21.06.12

Encher a pança

 

Se os poderosos são lesados

Aparecem logo os milhões

Pr’acalmar os mercados

Entre outras decisões

 

Os mandantes da Europa

Metem o rabo entre pernas

Que o G20 é outra tropa

Obedeces ou não governas

 

Mas o que ninguém desconfia

É que o governo é da finança

E ao recomendar esta terapia

 

Vai encher de novo a pança

Enquanto escuta na telefonia

Para o povo não há esperança.

publicado por poetazarolho às 00:35 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Domingo, 17.06.12

Logicamente

 

Este era o grupo da morte

Não nos conseguiram matar

É preciso alguma sorte

E sobretudo saber jogar

 

Se a lógica é uma batata

Temos que desconfiar

E para que nenhum nos bata

Temos sempre que marcar

 

Mais golos que o adversário

Mas também saber perder

Pois no jogo há o corolário

 

Para que um possa vencer

Torna-se sempre necessário

No final alguém sofrer.

publicado por poetazarolho às 22:29 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sexta-feira, 15.06.12

A vida do povo

 

Povo que votas nas urnas

Tão bem escolhes teus eleitos

Meditas nas horas nocturnas

Que eles não serão perfeitos

 

Os melhores p’ra esta nação

Apesar de todos os defeitos

Quem dá e tira com a mão

Quem defende teus direitos

 

És um pobre povo resignado

Por isso te expressa gratidão

A maior das figuras do estado

 

Primeiro-ministro empossado

Que por ti sente compaixão

Por ti aceita ser crucificado.

publicado por poetazarolho às 20:02 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quarta-feira, 13.06.12

Emigração

 

Neste nosso Portugal

Evoluiu a emigração

Antes ias com o bornal

E às costas o garrafão

 

Agora com ar doutoral

E uma pastinha na mão

Deixas tua terra natal

Com canudos e a ilusão

 

Antes de comboio partias

Agora embarcas no avião

A Paris antes chegavas

 

E no bidonville vivias

Sempre em busca da condição

Que na pátria não encontravas.

publicado por poetazarolho às 22:47 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Terça-feira, 12.06.12

Vistas curtas

 

A Espanha foi ajudada

Mas com milhões apenas

A ajuda é desenquadrada

Diz Dublin, Lisboa e Atenas

 

Precisamos todos de ajuda

Mas não ajuda financeira

Para ver se algo muda

Do abismo estamos à beira

 

Ajudem-nos a encontrar

Os verdadeiros estadistas

Que cuidem das gerações

 

Que os políticos a governar

São muito curtos de vistas

Só alcançam até às eleições.

publicado por poetazarolho às 22:02 | link do post | comentar | ver comentários (3)

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