Sexta-feira, 13.04.12

Nadar a crise

 

Pela troika apaixonado

Está o nosso timoneiro

E foi o povo apanhado

No turbilhão financeiro

 

Dizem vamos muito além

E como bons navegadores

Longe chegaríamos, porém

Com os ventos arrasadores

 

Na nau muita água entrou

Não sei se iremos encalhar

Mas pior palpite eu dou

 

Acho que vamos afundar

Quem ainda não zarpou

Então que aprenda a nadar.

publicado por poetazarolho às 19:30 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quarta-feira, 11.04.12

Caruncho

 

Estamos todos a perecer

Às mãos dos representantes

Os que soubemos eleger

Nada ficará como dantes

 

Dez mil já não vão nascer

Vinte mil serão militantes

Trinta mil esses vão morrer

Quarenta mil novos votantes

 

E perpetuamos este poder

Que vive num luxo da arábia

Estimula nosso triste faduncho

 

Mais não podemos merecer

Vítimas confessas desta lábia

E do nosso próprio caruncho.

publicado por poetazarolho às 23:47 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Segunda-feira, 09.04.12

Dicotomias

 

Na dicotomia da vida

A harmonia encanta

E em contrapartida

A desarmonia espanta

 

Na dicotomia do pensar

Espanta-nos a harmonia

E ainda vai dar que falar

O encanto da desarmonia

 

Assim podemos continuar

De dicotomia em dicotomia

Até à dicotomia absoluta

 

Em que p’rós tolos governar

Ouvem-se verdades a cada dia

Proferidas pelos filhos da puta.

publicado por poetazarolho às 20:15 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sexta-feira, 06.04.12

Obreiros da morte

 

Esses bons não têm voz

A teia está bem urdida

Suga-se o máximo de nós

Por vezes suga-se a vida

 

Os que a teia urdiram

São os obreiros da morte

Outra vida nunca viram

Nem conhecem outra sorte

 

São pagos pelo tesouro

Migalhas desses mandantes

Aos quais não se faz frente

 

O teu silêncio é de ouro

Que deixa tudo como dantes

Senão calam-te para sempre.

publicado por poetazarolho às 17:52 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quarta-feira, 04.04.12

Podium

 

Nação entre as primeiras

Mas pelas piores razões

Não fazem mais cimeiras

Acabaram-se as ilusões

 

Vem aí um novo pacote

E os cortes permanentes

Para alguns é um fartote

Os outros ficam dormentes

 

Os dados são de encantar

Constam do último relatório

Em Bruxelas revelados

 

E esta nação a definhar

Demos tudo p’ró peditório

Agora somos espezinhados.

publicado por poetazarolho às 22:18 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Segunda-feira, 02.04.12

Novas de Abril

 

As notícias são iguais

De ontem às d’amanhã

As de hoje são demais

Assassinada uma cidadã

 

Na escola um tiroteio

No bairro houve facadas

E entretanto de permeio

Umas miúdas atacadas

 

Um político corrupto

Administrador ladrão

Sem abrigo assassinado

 

Logo a seguir abrupto

Veio o tempo da monção

Temos um Abril molhado.

publicado por poetazarolho às 23:15 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Domingo, 01.04.12

A diversão

 

“Violência por diversão”

Divertimento de encantar

Foi notícia na televisão

Eu nem queria acreditar

 

Penso que foi pretensão

De o fenómeno branquear

Não sei se foi um milhão

O importante é disfarçar

 

Estado de pré-revolução

Da filha que tarda em chegar

Mas em breve será parida

 

Não será uma montra partida

Que fará esta mãe abortar

Nem o calor do próximo Verão.

publicado por poetazarolho às 00:08 | link do post | comentar | ver comentários (1)

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