Quinta-feira, 30.06.11

Vegetais


Ai de mim se não fôr eu
Ex-líbris da solidariedade
Nesta decadente sociedade
Mas esta sociedade morreu

Morte cerebral foi decretada
Às máquinas estava ligada
No seu córtex não fluía nada
A sociedade já foi enterrada

Ficou apenas um grupo d’elite
Eleito entre os mais iluminados
São os que mostram resultados

Aos outros apenas se permite
Que vegetem, pobres coitados
E contribuam com uns trocados.
publicado por poetazarolho às 16:11 | link do post | comentar
Quarta-feira, 29.06.11

O amanhã


Tenho saudades do amanhã
Que uma pandemia nos trará
Venha o ataque cibernético já
Uma crise financeira será vã

Mas o futuro não poderá ceder
Vem conflito social e de ética
Vem tempestade geomagnética
Os terrenos baldios irão arder

Colheita de milho vai perecer
Com tudo isto a fome aperta
Leiam o Génesis pr’a perceber

Futuro já anda por parte incerta
Uma das partes está-se a desfazer
A solução será o rápido alerta.
publicado por poetazarolho às 16:17 | link do post | comentar
Terça-feira, 28.06.11

Powerade


Língua fora diga trinta e três
Serão secretários de estado?
Eu não sei, não fui convidado
Mas dizei lá, vossas mercês

Eram onze, mais estes todos
Quarenta e quatro são agora
Mas não perdem pl’a demora
Pois vão ter trabalho a rodos

Há umas dezenas d’assessores
E chefes de gabinete também
São todos muito trabalhadores

E este povo já vibra de alegria
Pois trabalharão pr’a nosso bem
São jovens e têm imensa energia.
publicado por poetazarolho às 15:59 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Domingo, 26.06.11

Dor que não dói


A nossa Maria sem camisa
Poetisa e pintora distinta
Tem uma camisa com pinta
Que foi tecida pela leve brisa

Sendo poeta porque Deus quer
Mesmo não o querendo ela seria
Tudo aquilo que mais desejaria
Porque tem garra esta mulher

Anda numa fase mais dorida
Mas esta dor não dura sempre
E com a ajuda cá da gente

Em breve essa dor será corrida
Passará a ser dor benevolente
Dor que não dói certamente.


publicado por poetazarolho às 16:11 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sábado, 25.06.11

Jackpot


Sangue novo, vida nova
Poderá ser que seja desta
Rua daqui quem não presta
Quem presta apresente prova

Esta é a última oportunidade
Depois desta outra surgirá
Mas nós já não andaremos cá
Tem que ver com a mocidade

Sorte entra em jogo de novo
Mas após trabalhos provados
No tabuleiro está este povo

Façam já rolar esses dados
Só com um jackpot me comovo
Senão estaremos condenados.
publicado por poetazarolho às 18:11 | link do post | comentar
Sexta-feira, 24.06.11

Camões à espreita


Caro amigo Passos Coelho
Já falei aqui com o Camões
Ambos temos boas impressões
Das tuas primeiras actuações

Agora só é preciso continuar
Nessa senda de sucesso sem par
Para este Portugal desencravar
Nada se faça em cima do joelho

Já fomos inclusive saudados
Por todos os outros estados
Que estão a ficar reconfortados

É necessário fazer diferente
Não desiludir este mar de gente
E o Camões principalmente.
publicado por poetazarolho às 13:11 | link do post | comentar
Quinta-feira, 23.06.11

Beatos


Nesta república do vale tudo
Ninguém fica pasmo ou mudo
Nem se espera pelo entrudo
Se é um negócio cabeludo

Os actos a quem os pratica
E a malta de forma apática
Assiste a esta matemática
Que a todos nós prejudica

É por isso que na aferição
Convém um nível baixinho
Por isso se usa um padrão

Pr’o povo manter mansinho
Convém a qualquer capitão
E muito mais ao seu filhinho.
publicado por poetazarolho às 11:38 | link do post | comentar

Diabo à solta


É grande a consonância
São tempos que já lá vão
Todos juntos eles lutarão
Longe vai a dissonância

Para alguns a abundância
A outros ainda falta o pão
Não te rales eu também não
Para outros é só militância

Se tens fome não o dirão
Importante é a fragrância
Que esconde a podridão

Não mostres a arrogância
Se é preciso lambe o chão
Adapta-te à circunstância.
publicado por poetazarolho às 07:43 | link do post | comentar
Quarta-feira, 22.06.11

O génio

Novo governo tome posse
Numa noite de lua cheia
Não sei se é bom pr’a tosse
Poupa-se o azeite da candeia

Faça-se uma reza também
Três vivas ao novo executivo
Que a governação corra bem
Para bem deste povo nativo

É imenso o nosso acreditar
Depois de trint’anos de treta
Meteram socialismo na gaveta

Andamos com muita falta d’ar
Renovem já o nosso oxigénio
Ou então peçam ajuda ao génio.
publicado por poetazarolho às 08:56 | link do post | comentar
Segunda-feira, 20.06.11

Triste sina


Aterrarão amanhã outra vez
Com o governo reúnem os três
Eles que não tomaram posse
Verão o que é bom pr’a tosse

Pró catarro e rouquidão também
Outro personagem também vem
Todo de negro e capuz, é a morte
Parece ter acabado a nossa sorte

Esta é uma missão espiritual
Vêm dar-nos a extrema-unção
Nunca supus, é o fim afinal

Estão cá pr’a salvar nossas almas
Já que o resto não tem salvação
Aqui vai uma salva de palmas.
publicado por poetazarolho às 15:25 | link do post | comentar

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