Maldição
Em tempos d’incerteza
Certezas são a poeira
A humanidade foi presa
Na sua própria ratoeira
É pequeno o coração
E a alma foi conspurcada
Já não vai lá com sabão
Sujidade está agarrada
Só o dinheiro é certeza
Que faz juz à condição
Da humanidade vergada
Ao seu estado de pobreza
E triste na sua maldição
Vê-se rica e já sem nada.